Exame vai detectar se motoristas de caminhões e ônibus são usuários de drogas

Motoristas profissionais das categorias C, D e E, que dirigem caminhões e ônibus, terão que fazer exame toxicológico de larga detecção, capaz de identificar o uso de substâncias psicoativas, como cocaína e maconha, para renovarem suas habilitações ou para a obtenção da primeira habilitação em uma dessas categorias. Determinação nesse sentido foi publicada nesta quarta feira, 27, pelo Contran e entra em vigor em janeiro do ano que vem, com efeito legal a partir do segundo semestre.

Segundo o Contran, o objetivo é garantir mais segurança no trânsito, já que estudos feitos pela Polícia Rodoviária Federal indicam que as principais ocorrências de acidente envolvendo veículos de grande porte ocorrem no período da noite e com motoristas suspeitos de terem consumido álcool ou outras drogas, entre elas maconha, anfetaminas, cocaína e crack. O Ministério das Cidades informou que mais de 43 mil pessoas morrem por ano ano em acidentes de trânsito no Brasil, principalmente nas estradas.
Ainda de acordo com a publicação,  por ocasião da obtenção ou renovação da CNH ou mudança de categoria, o motorista terá que se submeter a esse exame e o resultado deverá ser apresentado ao médico, pelo próprio motorista. O exame toxicológico de larga detecção identifica o uso de substâncias químicas em um período de três meses e pode ser feito por meio de fio de cabelo ou pelas unhas e terá o custo de R$ 270 a R$ 290 para condutor, porém, em alguns casos as empresas de transporte têm programas que preveem o custeio da despesa. O resultado deverá ser apresentado a cada cinco anos. Ainda de acordo com o Contran, o Brasil tem pelo menos sete empresas provedoras dessa tecnologia e ampla rede de laboratórios de análises clínicas.